sábado, 7 de agosto de 2010

Saúde RS - Pronto-Socorro de Pelotas está em busca de padrinhos.

Fonte: Diário Popular - Pelotas.
Por: Joice Bacelo

O dia a dia é traçado por uma história de combate pela vida, em situações-limite e nem sempre em condições ideais. Por dia, são quase 300 em busca de atendimento médico. Realidade do principal acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). Para não cair no pior estado da agonia, o Pronto-Socorro de Pelotas (PSP) traça metas, modifica o sistema e chama a comunidade para uma responsabilidade que também é sua. Em pauta, a campanha Padrinhos do PS. Uma medida paliativa que acaba de se tornar solução imediata.

Desde que a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) assumiu o PSP, em janeiro deste ano, formou-se um mutirão para remodelar o que estava afundado em equipamentos desgastados pelo tempo de uso. Os números não deixam dúvidas: dos R$ 600 mil mensais que a instituição recebe do governo, 70% é destinado à folha de pagamento e o restante dividido entre o custeio de materiais e serviços.

Como alternativa para manter as portas abertas, a UCPel realizou estudo baseado em informações de pacientes e funcionários para ter a certeza do quanto seria necessário para mudar a situação. O resultado: nada menos do que R$ 1,1 milhão. Dinheiro que passa longe do caixa vazio de investimentos. Ou melhor, passava. Enquanto o projeto espera pelos bons olhos do Ministério da Saúde, uma comissão deu início à campanha que corre na frente para garantir recursos, até então, inatingíveis.

Padrinhos
A campanha foi lançada em maio, quando a defasagem de equipamentos ainda era caso de emergência. Dois meses depois, os resultados são surpreendentes. A comissão formada por membros da própria instituição, da universidade, do Hospital Universitário São Francisco de Paula e representantes da comunidade e do empresariado trabalha tanto para angariar fundos como para gerir com transparência o que é arrecadado.

Uma única empresa parceira, que prefere permanecer no anonimato, doou a quantia de R$ 100 mil, já utilizada para a compra de novos equipamentos. Uma outra instituição repassa a cada mês R$ 1,5 mil, com a promessa de dobrar o valor no próximo ano. Ainda existem os parceiros menores, que contribuem com doações pontuais.

A alimentação, que consome R$ 30 mil do orçamento mensal do PSP, também começa a ser arrecadada. Dos 800 litros de leite consumidos, 120 litros provêm dos padrinhos. A demanda de 400 quilos de farinha ganhou reforço, 120 quilos são custeados através da parceria e todo o arroz utilizado para as refeições dos pacientes e acompanhantes que aguardam por leito no PSP também é fruto da campanha lançada recentemente.

Para se tornar um padrinho
Toda e qualquer doação é bem-vinda. A única orientação é para que, antes de efetuá-la, o interessado entre em contato para se informar sobre as necessidades atuais do PSP. O gerente administrativo da instituição explica que às vezes o próprio equipamento produzido pela empresa doadora pode ser aproveitado.

Pequenas doações também fazem a diferença. Até mesmo equipamentos usados são aceitos. Além disso, o coordenador da Campanha Pronto-Socorro Solidário, Orayl Barcellos, garante a entrega do recibo para que o doador possa abater no Imposto de Renda a quantia repassada. Informações podem ser obtidas através dos telefones (53) 2128-8304, (53) 8112-0048 e (53) 3225-4840.

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Fonte: Diário Popular - Pelotas.
Por: Joice Bacelo

O dia a dia é traçado por uma história de combate pela vida, em situações-limite e nem sempre em condições ideais. Por dia, são quase 300 em busca de atendimento médico. Realidade do principal acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). Para não cair no pior estado da agonia, o Pronto-Socorro de Pelotas (PSP) traça metas, modifica o sistema e chama a comunidade para uma responsabilidade que também é sua. Em pauta, a campanha Padrinhos do PS. Uma medida paliativa que acaba de se tornar solução imediata.

Desde que a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) assumiu o PSP, em janeiro deste ano, formou-se um mutirão para remodelar o que estava afundado em equipamentos desgastados pelo tempo de uso. Os números não deixam dúvidas: dos R$ 600 mil mensais que a instituição recebe do governo, 70% é destinado à folha de pagamento e o restante dividido entre o custeio de materiais e serviços.

Como alternativa para manter as portas abertas, a UCPel realizou estudo baseado em informações de pacientes e funcionários para ter a certeza do quanto seria necessário para mudar a situação. O resultado: nada menos do que R$ 1,1 milhão. Dinheiro que passa longe do caixa vazio de investimentos. Ou melhor, passava. Enquanto o projeto espera pelos bons olhos do Ministério da Saúde, uma comissão deu início à campanha que corre na frente para garantir recursos, até então, inatingíveis.

Padrinhos
A campanha foi lançada em maio, quando a defasagem de equipamentos ainda era caso de emergência. Dois meses depois, os resultados são surpreendentes. A comissão formada por membros da própria instituição, da universidade, do Hospital Universitário São Francisco de Paula e representantes da comunidade e do empresariado trabalha tanto para angariar fundos como para gerir com transparência o que é arrecadado.

Uma única empresa parceira, que prefere permanecer no anonimato, doou a quantia de R$ 100 mil, já utilizada para a compra de novos equipamentos. Uma outra instituição repassa a cada mês R$ 1,5 mil, com a promessa de dobrar o valor no próximo ano. Ainda existem os parceiros menores, que contribuem com doações pontuais.

A alimentação, que consome R$ 30 mil do orçamento mensal do PSP, também começa a ser arrecadada. Dos 800 litros de leite consumidos, 120 litros provêm dos padrinhos. A demanda de 400 quilos de farinha ganhou reforço, 120 quilos são custeados através da parceria e todo o arroz utilizado para as refeições dos pacientes e acompanhantes que aguardam por leito no PSP também é fruto da campanha lançada recentemente.

Para se tornar um padrinho
Toda e qualquer doação é bem-vinda. A única orientação é para que, antes de efetuá-la, o interessado entre em contato para se informar sobre as necessidades atuais do PSP. O gerente administrativo da instituição explica que às vezes o próprio equipamento produzido pela empresa doadora pode ser aproveitado.

Pequenas doações também fazem a diferença. Até mesmo equipamentos usados são aceitos. Além disso, o coordenador da Campanha Pronto-Socorro Solidário, Orayl Barcellos, garante a entrega do recibo para que o doador possa abater no Imposto de Renda a quantia repassada. Informações podem ser obtidas através dos telefones (53) 2128-8304, (53) 8112-0048 e (53) 3225-4840.