terça-feira, 10 de agosto de 2010

OMS anuncia fim da pandemia de gripe A.

Decisão foi tomada depois que Comitê de Emergência avaliou comportamento do vírus no verão do Hemisfério Norte.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje o fim da pandemia de gripe A, 14 meses depois de ter declarado o nível máximo de alerta pela aparição do vírus.

"O mundo não está mais na fase seis de alerta pandêmico. Passamos para a fase pós-pandêmica", disse a diretora geral do organismo, Margaret Chan, que tomou a decisão de levantar o alerta aconselhada pelo Comitê de Emergência da OMS, reunido horas antes.

Este ano, como previram os especialistas ouvidos pelo iG, a segunda onda da chamada gripe suína foi bem mais fraca do que a primeira.

A contaminação de um grande número de pessoas em 2009 – foram 207 países e mais de 220 mil infectados (13% brasileiros) – fez ampliar a parcela imunizada naturalmente, o que diminuiu o risco de novas contaminações este ano. Além disso, a disponibilidade de uma vacina no mercado fez com que as pessoas que ainda não haviam tido contato com a doença também fossem imunizadas por meio das doses, deixando pouco espaço para evoluções graves da gripe A.

Histórico
A gripe H1N1 foi a primeira pandemia do século. Ela teve início no México e apresentou comportamento diferenciado ao da gripe comum (Influenza sazonal). Foram os jovens as principais vítimas – entre 20 e 49 anos – sendo que até então os idosos e crianças eram apontados como mais vulneráveis a este tipo de infecção.

As mortes provocadas pela gripe suína não chegaram a 1% dos casos e as análises clínicas confirmaram que a maior parte delas acometeu pessoas que já tinham histórico de outras doenças, como obesidade e problemas cardíacos. As grávidas também se mostraram mais comprometidas após o contato com o vírus H1N1.

Estes grupos, apesar do anúncio do fim da pandemia, continuam despertando mais cuidado quando apresentam sintomas típicos do H1N1 – como rouquidão, dor no peito, febre alta (mais de 38,5ºC) e, em alguns casos, diarreia.

Situação brasileira
O Brasil, já afirmou o Ministro da Saúde José Gomes Temporão, foi um dos que mais aderiu à vacinação em massa contra a gripe A. No total 88 milhões de pessoas foram vacinadas, levando em conta apenas os que tiveram acesso às doses nos postos públicos de vacinação.

Os dados do Ministério mostram que O período entre 28 de fevereiro e seis de março, correspondente à semana epidemiológica, representa o maior número de casos hospitalizados em 2010, totalizando 79.

Entre 11 e 17 de julho, não houve nenhum registro de internação pela influenza H1N1. A mesma diminuição foi observada em relação ao número de mortes: foram 11 entre 21 e 27 de fevereiro e nenhuma entre quatro e 17 de julho.

Exagero
Em todos os locais do mundo, as notificações de gripe A também caíram drasticamente. A não confirmação de alta mortalidade fez com que a OMS fosse acusada de ter exagerado nos alertas sobre a doença. A pasta se defendeu afirmando que, no início, era impossível saber qual seria o comportamento do vírus.

Fonte: IG último segundo.

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Decisão foi tomada depois que Comitê de Emergência avaliou comportamento do vírus no verão do Hemisfério Norte.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje o fim da pandemia de gripe A, 14 meses depois de ter declarado o nível máximo de alerta pela aparição do vírus.

"O mundo não está mais na fase seis de alerta pandêmico. Passamos para a fase pós-pandêmica", disse a diretora geral do organismo, Margaret Chan, que tomou a decisão de levantar o alerta aconselhada pelo Comitê de Emergência da OMS, reunido horas antes.

Este ano, como previram os especialistas ouvidos pelo iG, a segunda onda da chamada gripe suína foi bem mais fraca do que a primeira.

A contaminação de um grande número de pessoas em 2009 – foram 207 países e mais de 220 mil infectados (13% brasileiros) – fez ampliar a parcela imunizada naturalmente, o que diminuiu o risco de novas contaminações este ano. Além disso, a disponibilidade de uma vacina no mercado fez com que as pessoas que ainda não haviam tido contato com a doença também fossem imunizadas por meio das doses, deixando pouco espaço para evoluções graves da gripe A.

Histórico
A gripe H1N1 foi a primeira pandemia do século. Ela teve início no México e apresentou comportamento diferenciado ao da gripe comum (Influenza sazonal). Foram os jovens as principais vítimas – entre 20 e 49 anos – sendo que até então os idosos e crianças eram apontados como mais vulneráveis a este tipo de infecção.

As mortes provocadas pela gripe suína não chegaram a 1% dos casos e as análises clínicas confirmaram que a maior parte delas acometeu pessoas que já tinham histórico de outras doenças, como obesidade e problemas cardíacos. As grávidas também se mostraram mais comprometidas após o contato com o vírus H1N1.

Estes grupos, apesar do anúncio do fim da pandemia, continuam despertando mais cuidado quando apresentam sintomas típicos do H1N1 – como rouquidão, dor no peito, febre alta (mais de 38,5ºC) e, em alguns casos, diarreia.

Situação brasileira
O Brasil, já afirmou o Ministro da Saúde José Gomes Temporão, foi um dos que mais aderiu à vacinação em massa contra a gripe A. No total 88 milhões de pessoas foram vacinadas, levando em conta apenas os que tiveram acesso às doses nos postos públicos de vacinação.

Os dados do Ministério mostram que O período entre 28 de fevereiro e seis de março, correspondente à semana epidemiológica, representa o maior número de casos hospitalizados em 2010, totalizando 79.

Entre 11 e 17 de julho, não houve nenhum registro de internação pela influenza H1N1. A mesma diminuição foi observada em relação ao número de mortes: foram 11 entre 21 e 27 de fevereiro e nenhuma entre quatro e 17 de julho.

Exagero
Em todos os locais do mundo, as notificações de gripe A também caíram drasticamente. A não confirmação de alta mortalidade fez com que a OMS fosse acusada de ter exagerado nos alertas sobre a doença. A pasta se defendeu afirmando que, no início, era impossível saber qual seria o comportamento do vírus.

Fonte: IG último segundo.