sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Portadores de intolerância ao glúten se reúnem para alertar sociedade.

De acordo com estudo da Unifesp, de 214 brasileiros, um é celíaco.

De acordo com estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para cada grupo de 214 brasileiros, um é celíaco. A doença pode provocar repetidas internações e levar a pessoa à morte, se não for diagnosticada a tempo e de forma correta.

No Rio de Janeiro, a partir desta sexta, acontece o 9º Encontro Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Acelbras), cujo objetivo principal é promover a capacitação da sociedade celíaca no controle social, envolvendo o acompanhamento da gestão governamental e a execução das políticas públicas.

— Temos que exercer o nosso direito — afirmou hoje (12) a presidente da Federação das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), Nildes de Oliveira Andrade.

Os celíacos são pessoas portadoras de uma intolerância permanente ao glúten — proteína presente na maioria dos alimentos industrializados feitos a partir de trigo, aveia, centeio e cevada, inclusive o malte. A doença pode surgir em qualquer idade, disse Nildes.

— Temos um leque de doenças associadas que as pessoas poderiam não estar sofrendo, se tivessem uma investigação precisa. A osteoporose é uma delas.

Segundo a presidente da Fenacelbra, outros sintomas associados são anemia ferropriva, diarreia constante, baixa estatura e esterilidade.

— A consequência maior de um diagnóstico tardio é o câncer de todo o trato digestivo.

Os celíacos brasileiros já conseguiram, entretanto, um avanço. Desde setembro do ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) já conta com um protocolo clínico para a realização de exames que permitem o diagnóstico da doença.

Esse protocolo deve estar disponível em todas as unidades de pronto-atendimento do SUS nos municípios do país, ressaltou Nildes.

— Já é um avanço a gente ter esse diagnóstico, mas o difícil é a sociedade saber que tem esse serviço disponível.

Falta, segundo ela, maior divulgação e pesquisa em outras áreas, como o câncer de mama e sua relação com a doença celíaca.

O evento se estenderá até o próximo domingo e conta com apoio do Ministério da Saúde. A programação conta com palestras de representantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Consaems) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio de Janeiro (Consea/RJ).

Mais de 16 mil celíacos associados estão cadastrados na Fenacelbra, revelou a presidente da entidade.

Fonte:AGÊNCIA BRASIL

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De acordo com estudo da Unifesp, de 214 brasileiros, um é celíaco.

De acordo com estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para cada grupo de 214 brasileiros, um é celíaco. A doença pode provocar repetidas internações e levar a pessoa à morte, se não for diagnosticada a tempo e de forma correta.

No Rio de Janeiro, a partir desta sexta, acontece o 9º Encontro Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Acelbras), cujo objetivo principal é promover a capacitação da sociedade celíaca no controle social, envolvendo o acompanhamento da gestão governamental e a execução das políticas públicas.

— Temos que exercer o nosso direito — afirmou hoje (12) a presidente da Federação das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), Nildes de Oliveira Andrade.

Os celíacos são pessoas portadoras de uma intolerância permanente ao glúten — proteína presente na maioria dos alimentos industrializados feitos a partir de trigo, aveia, centeio e cevada, inclusive o malte. A doença pode surgir em qualquer idade, disse Nildes.

— Temos um leque de doenças associadas que as pessoas poderiam não estar sofrendo, se tivessem uma investigação precisa. A osteoporose é uma delas.

Segundo a presidente da Fenacelbra, outros sintomas associados são anemia ferropriva, diarreia constante, baixa estatura e esterilidade.

— A consequência maior de um diagnóstico tardio é o câncer de todo o trato digestivo.

Os celíacos brasileiros já conseguiram, entretanto, um avanço. Desde setembro do ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) já conta com um protocolo clínico para a realização de exames que permitem o diagnóstico da doença.

Esse protocolo deve estar disponível em todas as unidades de pronto-atendimento do SUS nos municípios do país, ressaltou Nildes.

— Já é um avanço a gente ter esse diagnóstico, mas o difícil é a sociedade saber que tem esse serviço disponível.

Falta, segundo ela, maior divulgação e pesquisa em outras áreas, como o câncer de mama e sua relação com a doença celíaca.

O evento se estenderá até o próximo domingo e conta com apoio do Ministério da Saúde. A programação conta com palestras de representantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Consaems) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio de Janeiro (Consea/RJ).

Mais de 16 mil celíacos associados estão cadastrados na Fenacelbra, revelou a presidente da entidade.

Fonte:AGÊNCIA BRASIL