sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O que é síndrome metabólica.

É bastante comum ouvir as pessoas dizendo que não conseguem emagrecer ou engordar por culpa do metabolismo. Quem está acima do peso afirma que não consegue emagrecer porque tem o metabolismo muito lento. E de outro lado, aqueles que não engordam afirmam que têm um metabolismo muito bom e que por isso não ganham peso extra. Hoje em dia, já se ouve falar que o problema é a síndrome metabólica.
Mas essas afirmações são verdadeiras? Para saber o que é verdade e quando realmente a culpa pode ser do metabolismo, o Medicina & Saúde procurou a nutricionista Andressa Michels, da Cardiomed. Confira.

Síndrome metabólica
A síndrome metabólica é definida pelo National Cholesterol Education Program pela presença de três ou mais das seguintes afecções: obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica, intolerância à glicose ou pré-diabetes, aumento dos triglicerídeos e baixas concentrações sanguíneas de HDL-colesterol. É importante destacar o aumento da morbimortalidade associada às doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais), vasculares periféricas e diabetes.

* Obesidade abdominal - determinada por valores de circunferência de cintura superiores a 88 centímetros e 102 centímetros, em mulheres e homens, respectivamente.
* Hipertensão arterial sistêmica - definida por níveis de pressão arterial iguais ou maiores que 130/85mmHg.
* Intolerância à glicose ou pré-diabetes - glicemia de jejum entre 110 e 125mg/dl.
* Aumento dos triglicerídeos - valores iguais ou superiores a 150mg/dl.
* Baixas concentrações sanguíneas de HDL-c - inferiores a 40mg/dl para homens e 50mg/dl para mulheres.

Caráter multifatorial
A etiologia da síndrome metabólica possui caráter multifatorial: é influenciada pela predisposição genética, sedentarismo, tabagismo, ganho ponderal progressivo e por dieta rica em carboidratos refinados, gorduras saturadas e pobre em fibras alimentares. Portanto, entre os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da síndrome metabólica, estão medidas comportamentais, passíveis de mudança, cuja prevenção primária é um desafio mundial contemporâneo, com importante repercussão para a saúde e para a prevenção de agravos.

Não existem estudos sobre a prevalência da síndrome metabólica com dados representativos da população brasileira. No entanto, estudos em diferentes populações, como a mexicana, a norte-americana e a asiática, revelam prevalências elevadas, dependendo do critério utilizado e das características da população estudada, variando as taxas de 10,7% a 40,5% em mulheres e de 12,4% a 28,5% em homens. Destaca-se o aumento da prevalência da obesidade em todo o Brasil e uma tendência especialmente preocupante do problema em crianças em idade escolar, em adolescentes e nos estratos de mais baixa renda. A adoção precoce por toda a população de estilos de vida relacionados à manutenção da saúde, como dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância, é componente básico da prevenção da síndrome metabólica.

Diretrizes
A maioria das sociedades nacionais e internacionais ainda não tem diretrizes específicas para a síndrome metabólica como uma entidade clínica independente e as recomendações dietoterápicas são, em geral, centradas no manejo dos fatores de risco cardiovasculares. A alimentação adequada deve:
* Permitir a manutenção do balanço energético e do peso saudável.
* Reduzir a ingestão de calorias sob a forma de gorduras, substituir o consumo de gorduras saturadas para gorduras insaturadas, reduzir o consumo de gorduras trans (hidrogenada).
* Aumentar a ingestão de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais integrais, fontes de nutrientes e de fibras alimentares.
* Reduzir a ingestão de sódio, na forma de sal de cozinha e/ou na composição de outros produtos, como os enlatados, embutidos e temperos prontos.

Atividade física
A atividade física é determinante do gasto de calorias e fundamental para o balanço energético e controle do peso. A atividade física regular ou o exercício físico diminuem o risco relacionado a cada componente da síndrome metabólica e trazem benefícios substanciais também para prevenção e melhora de outras doenças, como a constipação intestinal, a osteoporose e diferentes tipos de câncer.

Colaborou
Andressa Michels, nutricionista da Cardiomed

Fonte:O Nacional - Passo Fundo.

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É bastante comum ouvir as pessoas dizendo que não conseguem emagrecer ou engordar por culpa do metabolismo. Quem está acima do peso afirma que não consegue emagrecer porque tem o metabolismo muito lento. E de outro lado, aqueles que não engordam afirmam que têm um metabolismo muito bom e que por isso não ganham peso extra. Hoje em dia, já se ouve falar que o problema é a síndrome metabólica.
Mas essas afirmações são verdadeiras? Para saber o que é verdade e quando realmente a culpa pode ser do metabolismo, o Medicina & Saúde procurou a nutricionista Andressa Michels, da Cardiomed. Confira.

Síndrome metabólica
A síndrome metabólica é definida pelo National Cholesterol Education Program pela presença de três ou mais das seguintes afecções: obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica, intolerância à glicose ou pré-diabetes, aumento dos triglicerídeos e baixas concentrações sanguíneas de HDL-colesterol. É importante destacar o aumento da morbimortalidade associada às doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais), vasculares periféricas e diabetes.

* Obesidade abdominal - determinada por valores de circunferência de cintura superiores a 88 centímetros e 102 centímetros, em mulheres e homens, respectivamente.
* Hipertensão arterial sistêmica - definida por níveis de pressão arterial iguais ou maiores que 130/85mmHg.
* Intolerância à glicose ou pré-diabetes - glicemia de jejum entre 110 e 125mg/dl.
* Aumento dos triglicerídeos - valores iguais ou superiores a 150mg/dl.
* Baixas concentrações sanguíneas de HDL-c - inferiores a 40mg/dl para homens e 50mg/dl para mulheres.

Caráter multifatorial
A etiologia da síndrome metabólica possui caráter multifatorial: é influenciada pela predisposição genética, sedentarismo, tabagismo, ganho ponderal progressivo e por dieta rica em carboidratos refinados, gorduras saturadas e pobre em fibras alimentares. Portanto, entre os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da síndrome metabólica, estão medidas comportamentais, passíveis de mudança, cuja prevenção primária é um desafio mundial contemporâneo, com importante repercussão para a saúde e para a prevenção de agravos.

Não existem estudos sobre a prevalência da síndrome metabólica com dados representativos da população brasileira. No entanto, estudos em diferentes populações, como a mexicana, a norte-americana e a asiática, revelam prevalências elevadas, dependendo do critério utilizado e das características da população estudada, variando as taxas de 10,7% a 40,5% em mulheres e de 12,4% a 28,5% em homens. Destaca-se o aumento da prevalência da obesidade em todo o Brasil e uma tendência especialmente preocupante do problema em crianças em idade escolar, em adolescentes e nos estratos de mais baixa renda. A adoção precoce por toda a população de estilos de vida relacionados à manutenção da saúde, como dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância, é componente básico da prevenção da síndrome metabólica.

Diretrizes
A maioria das sociedades nacionais e internacionais ainda não tem diretrizes específicas para a síndrome metabólica como uma entidade clínica independente e as recomendações dietoterápicas são, em geral, centradas no manejo dos fatores de risco cardiovasculares. A alimentação adequada deve:
* Permitir a manutenção do balanço energético e do peso saudável.
* Reduzir a ingestão de calorias sob a forma de gorduras, substituir o consumo de gorduras saturadas para gorduras insaturadas, reduzir o consumo de gorduras trans (hidrogenada).
* Aumentar a ingestão de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais integrais, fontes de nutrientes e de fibras alimentares.
* Reduzir a ingestão de sódio, na forma de sal de cozinha e/ou na composição de outros produtos, como os enlatados, embutidos e temperos prontos.

Atividade física
A atividade física é determinante do gasto de calorias e fundamental para o balanço energético e controle do peso. A atividade física regular ou o exercício físico diminuem o risco relacionado a cada componente da síndrome metabólica e trazem benefícios substanciais também para prevenção e melhora de outras doenças, como a constipação intestinal, a osteoporose e diferentes tipos de câncer.

Colaborou
Andressa Michels, nutricionista da Cardiomed

Fonte:O Nacional - Passo Fundo.