Melhorar a identificação de possíveis doadores de órgãos e tecidos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é a arma que será usada para diminuir uma fila que no Rio Grande do Sul já ultrapassa 3 mil pessoas. Com o programa Organização de Procura de Órgãos (Opos), a Secretaria Estadual da Saúde (SES) espera dar mais um passo na política de reestruturação do fluxo de transplantes, facilitando a localização de órgãos transplantáveis em pacientes que tenham confirmada a morte encefálica.
Ameta é alcançar 150 transplantes por mês até o final do ano. Hoje, são cem operações do gênero. A criação do Opos partiu de uma resolução do Ministério da Saúde que foi adaptada pela SES e tem como objetivo criar seis comissões – formada por um médico intensivista, duas enfermeira e um auxiliar administrativo – com a missão de monitorar e identificar pacientes.
Segundo o coordenador da Central de Transplantes do Estado, Eduardo Elsade, as equipes serão encaminhadas conforme demanda da Central de Transplantes aos hospitais da rede pública estadual. Cerca de 66 têm UTIs que serão rastreadas e visitadas.
Para tornar o Opos viável, Brasília repassará R$ 120 mil, enquanto o Estado mobilizará uma contrapartida de R$ 40 mil mensais. O serviço deve começar a funcionar no final de setembro.
– Por causa da falta de estrutura em alguns hospitais, muitas vezes deixava-se de notificar ou identificar casos de morte encefálica. Por isso, a SES começou um trabalho para mudar esses números, que estão estagnados há três anos – justifica Elsade.
A presidente da Organização Não Governamental Via Vida, Lucia Elbern, acredita que o esforço é válido, e espera que a iniciativa traga resultados efetivos.
– Para um melhor resultado, é preciso que tanto a direção técnica do hospital quanto as comissões trabalhem pela mesma causa – acrescenta Lúcia.
Fonte: Zero Hora.
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