Apresentado esta semana pelo presidente do Instituto Trata Brasil, André Castro, e o professor e coordenador da pesquisa, Fernando Garcia, da FGV – Fundação Getúlio Vargas, o estudo “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro” indica que a expansão da rede de esgoto reflete na qualidade de vida das pessoas, melhora significativamente a saúde pública, aumenta a produtividade - e, consequentemente, a renda do trabalhador - e contribui para a valorização de imóveis do entorno.
A pesquisa revela que, apesar dos investimentos no setor, apenas 43,5% dos brasileiros são atendidos pelo saneamento básico, ou seja, o déficit ainda é muito grande para atender as necessidades da população, o que acaba impactando fortemente na área da saúde.
Saúde
Por ano, pelo menos 217 mil pessoas se afastam de seus postos de trabalho por adquirir problemas gastrointestinais provocados pela falta de saneamento. O resultado é a perda de 17 horas de trabalho a cada afastamento, o que gera um prejuízo de R$ 238 milhões em horas-pagas e não trabalhadas. Isso sem falar dos óbitos. O custo para cada internação chega, em média, a R$ 350, sendo que, com a universalização do acesso à rede de esgoto, se economizaria R$ 745 milhões em pouco menos de duas décadas. O valor poderia ser investido em educação, por exemplo. Além do mais, se houvesse saneamento básico para todos, o número de internações seria reduzido em 25% e a mortalidade, em 65%, ou seja, 1.277 vidas seriam salvas.
Mão-de-Obra
Outra questão importante diz respeito ao acesso ao saneamento, que também impacta na remuneração. Com uma saúde mais adequada, o trabalhador falta menos, aumenta sua produtividade em 13,3% e, consequentemente, sua renda na mesma proporção. A estimativa é de que, com isso, haja uma elevação de 3,8% na massa de salários, o que equivale a um aumento anual de R$ 41, 5 bilhões.
Imóveis
Quando há tratamento de esgoto no local, os imóveis podem obter uma valorização de até 18% em seu preço. Este dado se aplica, principalmente, a moradias de menor rendimento, que pertencem a famílias que têm o imóvel como único patrimônio. Estima-se que a valorização imobiliária pode alcançar R$ 74 bilhões, causando efeitos diferenciados para cada estado – aquele que tiver maior deficiência, terá mais ganhos. Outro benefício do investimento na construção de esgotos é que parte do dinheiro retorna para os cofres públicos em forma de IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano e ITBI – Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis. A longo prazo, o aumento na arrecadação de impostos se torna proporcional ao novo valor do imóvel. O retorno tributário pode chegar a R$ 385 milhões por ano.
Mesmo com estes dados animadores, os investimentos em esgotamento sanitário ainda precisam ser maiores – por volta de R$ 15 milhões por ano – para que, até 2025, haja uma universalização do acesso. Assim, a população poderá contar com uma melhor qualidade de vida e os impactos ambientais serão minimizados, já que, ainda hoje, boa parte do esgoto tem, como destino final, os mares brasileiros.
O resultado da pesquisa – realizada com o intuito de conscientizar o poder público e a população sobre a necessidade de se dar maior atenção ao setor de saneamento básico – está disponível para consulta no site do Instituto Trata Brasil.
Fonte:ClicRBS-PortalSocial /Planeta Sustentável.
A pesquisa revela que, apesar dos investimentos no setor, apenas 43,5% dos brasileiros são atendidos pelo saneamento básico, ou seja, o déficit ainda é muito grande para atender as necessidades da população, o que acaba impactando fortemente na área da saúde.
Saúde
Por ano, pelo menos 217 mil pessoas se afastam de seus postos de trabalho por adquirir problemas gastrointestinais provocados pela falta de saneamento. O resultado é a perda de 17 horas de trabalho a cada afastamento, o que gera um prejuízo de R$ 238 milhões em horas-pagas e não trabalhadas. Isso sem falar dos óbitos. O custo para cada internação chega, em média, a R$ 350, sendo que, com a universalização do acesso à rede de esgoto, se economizaria R$ 745 milhões em pouco menos de duas décadas. O valor poderia ser investido em educação, por exemplo. Além do mais, se houvesse saneamento básico para todos, o número de internações seria reduzido em 25% e a mortalidade, em 65%, ou seja, 1.277 vidas seriam salvas.
Mão-de-Obra
Outra questão importante diz respeito ao acesso ao saneamento, que também impacta na remuneração. Com uma saúde mais adequada, o trabalhador falta menos, aumenta sua produtividade em 13,3% e, consequentemente, sua renda na mesma proporção. A estimativa é de que, com isso, haja uma elevação de 3,8% na massa de salários, o que equivale a um aumento anual de R$ 41, 5 bilhões.
Imóveis
Quando há tratamento de esgoto no local, os imóveis podem obter uma valorização de até 18% em seu preço. Este dado se aplica, principalmente, a moradias de menor rendimento, que pertencem a famílias que têm o imóvel como único patrimônio. Estima-se que a valorização imobiliária pode alcançar R$ 74 bilhões, causando efeitos diferenciados para cada estado – aquele que tiver maior deficiência, terá mais ganhos. Outro benefício do investimento na construção de esgotos é que parte do dinheiro retorna para os cofres públicos em forma de IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano e ITBI – Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis. A longo prazo, o aumento na arrecadação de impostos se torna proporcional ao novo valor do imóvel. O retorno tributário pode chegar a R$ 385 milhões por ano.
Mesmo com estes dados animadores, os investimentos em esgotamento sanitário ainda precisam ser maiores – por volta de R$ 15 milhões por ano – para que, até 2025, haja uma universalização do acesso. Assim, a população poderá contar com uma melhor qualidade de vida e os impactos ambientais serão minimizados, já que, ainda hoje, boa parte do esgoto tem, como destino final, os mares brasileiros.
O resultado da pesquisa – realizada com o intuito de conscientizar o poder público e a população sobre a necessidade de se dar maior atenção ao setor de saneamento básico – está disponível para consulta no site do Instituto Trata Brasil.
Fonte:ClicRBS-PortalSocial /Planeta Sustentável.
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A pesquisa revela que, apesar dos investimentos no setor, apenas 43,5% dos brasileiros são atendidos pelo saneamento básico, ou seja, o déficit ainda é muito grande para atender as necessidades da população, o que acaba impactando fortemente na área da saúde.
Saúde
Por ano, pelo menos 217 mil pessoas se afastam de seus postos de trabalho por adquirir problemas gastrointestinais provocados pela falta de saneamento. O resultado é a perda de 17 horas de trabalho a cada afastamento, o que gera um prejuízo de R$ 238 milhões em horas-pagas e não trabalhadas. Isso sem falar dos óbitos. O custo para cada internação chega, em média, a R$ 350, sendo que, com a universalização do acesso à rede de esgoto, se economizaria R$ 745 milhões em pouco menos de duas décadas. O valor poderia ser investido em educação, por exemplo. Além do mais, se houvesse saneamento básico para todos, o número de internações seria reduzido em 25% e a mortalidade, em 65%, ou seja, 1.277 vidas seriam salvas.
Mão-de-Obra
Outra questão importante diz respeito ao acesso ao saneamento, que também impacta na remuneração. Com uma saúde mais adequada, o trabalhador falta menos, aumenta sua produtividade em 13,3% e, consequentemente, sua renda na mesma proporção. A estimativa é de que, com isso, haja uma elevação de 3,8% na massa de salários, o que equivale a um aumento anual de R$ 41, 5 bilhões.
Imóveis
Quando há tratamento de esgoto no local, os imóveis podem obter uma valorização de até 18% em seu preço. Este dado se aplica, principalmente, a moradias de menor rendimento, que pertencem a famílias que têm o imóvel como único patrimônio. Estima-se que a valorização imobiliária pode alcançar R$ 74 bilhões, causando efeitos diferenciados para cada estado – aquele que tiver maior deficiência, terá mais ganhos. Outro benefício do investimento na construção de esgotos é que parte do dinheiro retorna para os cofres públicos em forma de IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano e ITBI – Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis. A longo prazo, o aumento na arrecadação de impostos se torna proporcional ao novo valor do imóvel. O retorno tributário pode chegar a R$ 385 milhões por ano.
Mesmo com estes dados animadores, os investimentos em esgotamento sanitário ainda precisam ser maiores – por volta de R$ 15 milhões por ano – para que, até 2025, haja uma universalização do acesso. Assim, a população poderá contar com uma melhor qualidade de vida e os impactos ambientais serão minimizados, já que, ainda hoje, boa parte do esgoto tem, como destino final, os mares brasileiros.
O resultado da pesquisa – realizada com o intuito de conscientizar o poder público e a população sobre a necessidade de se dar maior atenção ao setor de saneamento básico – está disponível para consulta no site do Instituto Trata Brasil.
Fonte:ClicRBS-PortalSocial /Planeta Sustentável.