COLUNA DO CADERNO DONNA DO JORNAL ZERO HORA - Porto Alegre
Os benefícios da presença de um animal de estimação em casa não se restringem às alegrias que o pet proporciona à toda a família. Esta convivência também pode contribuir, além do bem-estar psicológico, na prevenção e no auxílio ao tratamento de várias patologias.
Um levantamento de estudos nacionais e internacionais sobre o tema, encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), integrante do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), para um grupo de pesquisa do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), liderado pelo professor César Ades, reuniu uma série de estudos que confirmam esta contribuição à saúde das pessoas proporcionada pelo convívio com os animais de estimação.
Entre algumas das observações, pode-se destacar a melhora da imunidade de crianças e adultos, redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado.
Este mapeamento foi encomendado com o objetivo de trazer a público uma série de informações relevantes e pouco conhecidas sobre enormes benefícios sociais, psicológicos e até físicos na relação homem e animal de estimação.
Reforço na defesa do organismo
De acordo com o levantamento, os benefícios independem da idade. Os pesquisadores da USP citam um trabalho que identificou vários benefícios aos bebês que convivem com cães, já que certas proteínas que desempenham um importante papel na regulação do sistema imunológico e das alergias aumentam significativamente em bebês de um ano de idade quando expostos precocemente a um cão, conferindo um importante papel destes animais na saúde humana.
Segundo a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, este trabalho mostra que o convívio possibilita aos bebês ficar menos suscetíveis às alergias e dermatites tópicas.
– Também foi observada a redução de rinites alérgicas aos quatro anos de idade e aos seis a sete anos, devido à redução da imunoglubina E – um anticorpo que quando em altas concentrações sugere um processo alérgico – acrescenta.
Os pesquisadores alertam que este contato não significa que seja isento de possíveis efeitos negativos para a saúde, porém, é possível discutir com mais equilíbrio os prós e contras de possuir um cão. Porém, muitos pais desconhecem estes benefícios.
De acordo com a pesquisa do Radar Pet, idealizada pela Comac, ainda há resistência dos casais que possuem filhos pequenos adquirirem um animal de estimação: 44% das residências que têm pelo menos um pet são de casais com filhos jovens ou adolescentes; este número cai para 16% quando se trata de casais com filhos pequenos (até 09 anos).
Um gesto simples pode trazer importantes efeitos ao sistema imunológico de pessoas de qualquer idade.
– Acariciar um cão pode elevar os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, sendo importante na prevenção de várias patologias. Este resultado se deve, possivelmente, ao relaxamento que o contato com o animal proporciona – explica Carine.
Benefícios ao coração
Outros estudos identificados pelos pesquisadores da USP também avaliaram as taxas de sobrevivência, no ano posterior a um infarto agudo do miocárdio, em donos de cães, gatos, outros animais de estimação e em pessoas que não possuíam bichos. Segundo os pesquisadores, depois de determinado período, verificou-se que a posse de um cão contribuiu significativamente para a sobrevivência dos pacientes, pelo menos no ano seguinte ao incidente.
Já no controle de hipertensão arterial, os estudos apontam benefícios também neste sentido. Profissionais que viviam em condições de estresse, faziam controle do problema com medicação, foram divididos em dois grupos, os que possuíam um cão ou gato e os que não possuíam animais. A pesquisadora Maria Mascarenhas Brandão afirma que, seis meses depois do início do monitoramento, um dos trabalhos constatou que as taxas de pressão diminuíram para ambos os grupos. Entretanto, nas situações geradoras de estresse a resposta foi melhor para os donos de cães.
– Além disso, este grupo aumentou significativamente suas taxas de acertos em contas matemáticas, em relação àqueles que não possuíam os animais – acrescenta.
Esta situação mostrou a diminuição dos níveis de estresse, obtidos com o contato com os pets.
Algumas outras situações também trazem efeitos muito positivos à saúde e ao convívio social: os pesquisadores da USP citam que a duração das caminhadas é maior para aquelas pessoas que estão acompanhadas por um cão.
– Além disso, nestes passeios, os animais ajudam na integração social, contribuindo para o início de uma conversa com outras pessoas, por exemplo – confirma Maria.
Ainda segundo uma destas pesquisas, pessoas com problemas simples de saúde, como dores de cabeça, problemas estomacais, gripes, dentre outros, que adotaram pela primeira vez um animal de estimação, apresentaram redução significativa desses problemas menores de saúde, em relação a pessoas sem animais.
Fonte: Comac – Comissão de Animais de Companhia
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Os benefícios da presença de um animal de estimação em casa não se restringem às alegrias que o pet proporciona à toda a família. Esta convivência também pode contribuir, além do bem-estar psicológico, na prevenção e no auxílio ao tratamento de várias patologias.
Um levantamento de estudos nacionais e internacionais sobre o tema, encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), integrante do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), para um grupo de pesquisa do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), liderado pelo professor César Ades, reuniu uma série de estudos que confirmam esta contribuição à saúde das pessoas proporcionada pelo convívio com os animais de estimação.
Entre algumas das observações, pode-se destacar a melhora da imunidade de crianças e adultos, redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado.
Este mapeamento foi encomendado com o objetivo de trazer a público uma série de informações relevantes e pouco conhecidas sobre enormes benefícios sociais, psicológicos e até físicos na relação homem e animal de estimação.
Reforço na defesa do organismo
De acordo com o levantamento, os benefícios independem da idade. Os pesquisadores da USP citam um trabalho que identificou vários benefícios aos bebês que convivem com cães, já que certas proteínas que desempenham um importante papel na regulação do sistema imunológico e das alergias aumentam significativamente em bebês de um ano de idade quando expostos precocemente a um cão, conferindo um importante papel destes animais na saúde humana.
Segundo a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, este trabalho mostra que o convívio possibilita aos bebês ficar menos suscetíveis às alergias e dermatites tópicas.
– Também foi observada a redução de rinites alérgicas aos quatro anos de idade e aos seis a sete anos, devido à redução da imunoglubina E – um anticorpo que quando em altas concentrações sugere um processo alérgico – acrescenta.
Os pesquisadores alertam que este contato não significa que seja isento de possíveis efeitos negativos para a saúde, porém, é possível discutir com mais equilíbrio os prós e contras de possuir um cão. Porém, muitos pais desconhecem estes benefícios.
De acordo com a pesquisa do Radar Pet, idealizada pela Comac, ainda há resistência dos casais que possuem filhos pequenos adquirirem um animal de estimação: 44% das residências que têm pelo menos um pet são de casais com filhos jovens ou adolescentes; este número cai para 16% quando se trata de casais com filhos pequenos (até 09 anos).
Um gesto simples pode trazer importantes efeitos ao sistema imunológico de pessoas de qualquer idade.
– Acariciar um cão pode elevar os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, sendo importante na prevenção de várias patologias. Este resultado se deve, possivelmente, ao relaxamento que o contato com o animal proporciona – explica Carine.
Benefícios ao coração
Outros estudos identificados pelos pesquisadores da USP também avaliaram as taxas de sobrevivência, no ano posterior a um infarto agudo do miocárdio, em donos de cães, gatos, outros animais de estimação e em pessoas que não possuíam bichos. Segundo os pesquisadores, depois de determinado período, verificou-se que a posse de um cão contribuiu significativamente para a sobrevivência dos pacientes, pelo menos no ano seguinte ao incidente.
Já no controle de hipertensão arterial, os estudos apontam benefícios também neste sentido. Profissionais que viviam em condições de estresse, faziam controle do problema com medicação, foram divididos em dois grupos, os que possuíam um cão ou gato e os que não possuíam animais. A pesquisadora Maria Mascarenhas Brandão afirma que, seis meses depois do início do monitoramento, um dos trabalhos constatou que as taxas de pressão diminuíram para ambos os grupos. Entretanto, nas situações geradoras de estresse a resposta foi melhor para os donos de cães.
– Além disso, este grupo aumentou significativamente suas taxas de acertos em contas matemáticas, em relação àqueles que não possuíam os animais – acrescenta.
Esta situação mostrou a diminuição dos níveis de estresse, obtidos com o contato com os pets.
Algumas outras situações também trazem efeitos muito positivos à saúde e ao convívio social: os pesquisadores da USP citam que a duração das caminhadas é maior para aquelas pessoas que estão acompanhadas por um cão.
– Além disso, nestes passeios, os animais ajudam na integração social, contribuindo para o início de uma conversa com outras pessoas, por exemplo – confirma Maria.
Ainda segundo uma destas pesquisas, pessoas com problemas simples de saúde, como dores de cabeça, problemas estomacais, gripes, dentre outros, que adotaram pela primeira vez um animal de estimação, apresentaram redução significativa desses problemas menores de saúde, em relação a pessoas sem animais.
Fonte: Comac – Comissão de Animais de Companhia