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O leite materno é um alimento que faz toda a diferença para o desenvolvimento de crianças saudáveis
“Você alimenta seu filho exclusivamente no peito?” A pergunta foi repetida milhares de vezes para mães com bebê de até 6 meses. E as respostas indicam que menos da metade das brasileiras, 41%, optam pelo aleitamento materno durante esse período. Muitas desistem logo no primeiro mês da experiência. Os dados são do Ministério da Saúde. Se esse cenário mudasse, a infância brasileira seria outra.
O leite materno faz mais do que nutrir o bebê para ele crescer forte. Ele afasta uma série de doenças, como a diarreia, que no Brasil ainda é a terceira causa de mortalidade entre crianças menores de 5 anos. Isso porque é carregado de anticorpos que, diga-se, também são muito eficazes para barrar infecções nas vias respiratórias e nos ouvidos. E, como essa verdadeira blindagem fosse pouco, diversos trabalhos científicos apontam que o bebê amamentado no peito por seis meses tem um risco muito menor de se tornar uma criança alérgica, com asma e até mesmo gorducha além da conta.
Até o cérebro sai ganhando: crianças que são amamentadas no peito tendem a ter um maior desenvolvimento cognitivo. Por quê? Provavelmente por causa dos ácidos graxos desse alimento, que ajudam cada célula nervosa da massa cinzenta a formar uma capinha gordurosa, a mielina, sem a qual os neurônios não conversam direito entre si.
De quebra, quando o bebê suga o seio materno, ele bota para exercitar toda a musculatura da face e a mandíbula – o que facilita, mais tarde, a mastigação, a fala e o bom posicionamento da arcada dentária. É isso aí: mamar no peito afasta até mesmo problemas ortodônticos.Mas ninguém pode se esquecer do principal: amamentar é, acima de tudo, estreitar o vínculo afetivo entre mãe e filho. É nessa hora que a correria do dia a dia se aquieta, o sono provocado pelas noites maldormidas não incomoda tanto e, finalmente, a mamãe tem tempo para curtir, olho no olho, o próprio filho.
Os motivos que fazem uma mulher não oferecer o peito ao recém-nascido são diversos: às vezes dói, os bicos racham, a mama fica inchada... Nada que não tenha solução e que o obstetra ou mesmo uma enfermeira especializada não possam ajudar a resolver, com lições sobre o jeito certo de segurar o bebê e fazê-lo abocanhar o bico do seio da maneira correta. São obstáculos muito pequenos, mínimos até, perto de tantos benefícios. Por isso, se você espera um bebê ou se o seu filho tem menos de 6 meses, faça questão de ser o nosso modelo – modelo de mãe em um país mais saudável.
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O leite materno é um alimento que faz toda a diferença para o desenvolvimento de crianças saudáveis
“Você alimenta seu filho exclusivamente no peito?” A pergunta foi repetida milhares de vezes para mães com bebê de até 6 meses. E as respostas indicam que menos da metade das brasileiras, 41%, optam pelo aleitamento materno durante esse período. Muitas desistem logo no primeiro mês da experiência. Os dados são do Ministério da Saúde. Se esse cenário mudasse, a infância brasileira seria outra.
O leite materno faz mais do que nutrir o bebê para ele crescer forte. Ele afasta uma série de doenças, como a diarreia, que no Brasil ainda é a terceira causa de mortalidade entre crianças menores de 5 anos. Isso porque é carregado de anticorpos que, diga-se, também são muito eficazes para barrar infecções nas vias respiratórias e nos ouvidos. E, como essa verdadeira blindagem fosse pouco, diversos trabalhos científicos apontam que o bebê amamentado no peito por seis meses tem um risco muito menor de se tornar uma criança alérgica, com asma e até mesmo gorducha além da conta.
Até o cérebro sai ganhando: crianças que são amamentadas no peito tendem a ter um maior desenvolvimento cognitivo. Por quê? Provavelmente por causa dos ácidos graxos desse alimento, que ajudam cada célula nervosa da massa cinzenta a formar uma capinha gordurosa, a mielina, sem a qual os neurônios não conversam direito entre si.
De quebra, quando o bebê suga o seio materno, ele bota para exercitar toda a musculatura da face e a mandíbula – o que facilita, mais tarde, a mastigação, a fala e o bom posicionamento da arcada dentária. É isso aí: mamar no peito afasta até mesmo problemas ortodônticos.Mas ninguém pode se esquecer do principal: amamentar é, acima de tudo, estreitar o vínculo afetivo entre mãe e filho. É nessa hora que a correria do dia a dia se aquieta, o sono provocado pelas noites maldormidas não incomoda tanto e, finalmente, a mamãe tem tempo para curtir, olho no olho, o próprio filho.
Os motivos que fazem uma mulher não oferecer o peito ao recém-nascido são diversos: às vezes dói, os bicos racham, a mama fica inchada... Nada que não tenha solução e que o obstetra ou mesmo uma enfermeira especializada não possam ajudar a resolver, com lições sobre o jeito certo de segurar o bebê e fazê-lo abocanhar o bico do seio da maneira correta. São obstáculos muito pequenos, mínimos até, perto de tantos benefícios. Por isso, se você espera um bebê ou se o seu filho tem menos de 6 meses, faça questão de ser o nosso modelo – modelo de mãe em um país mais saudável.